segunda-feira, 30 de agosto de 2010

"Basta ao dia"

Não ao passado
e também ao futuro.
Eu quero o presente
e as inúmeras dádivas inerentes.

Não importa como foi
Muito menos como será
Não quero apenas lembrar
ou viver do que não sei

"O futuro a Deus pertence
e o passado já passou", ouço dizer
Mas agora quero é viver
me preocupar com o agora
e não com o fato de outrora
ou com o futuro que nem sei se chegará

Que o hoje seja para mim
palpável dádiva do Pai de Amor
e meu motivo secular de louvor

Eu quero sentir a Graça me alcançar
e me permitir, segura,
em Tuas mãos, diariamente, descansar,
Pois não importa o que ou como aconteça
terei, certamente, Tuas mãos a me sustentar.

sábado, 28 de agosto de 2010

Diário de pequenas coisas.

Aquele olho me sorriu bonito. Tinha vida, tinha brilho. Era menino. O menor da turma. Ele sorria de um jeito poucas vezes visto. Sorria com a alma. Simples como qualquer infanto, e profundo. Absurdamente profundo.
Ao olhá-lo senti aqueles segundos passando em câmera lenta, como num filme. Eu o observava gargalhar satisfeito ao contar sobre suas peripécias. Ele falava rápido pois sabia que seu tempo comigo era curto e ele que queria me contar tudo que pudesse. "Você tem que saber", dizia ele. Mas apesar da velocidade de suas palavras o slow motion permanecia. Meus coração e mente desejavam aproveitar aquele momento único, então, automaticamente me mantinham conectada, sorrindo.. e olhando para ele atenciosamente.

Aquele pequeno me lembrou da simplicidade das coisas, das complexas facilidades do mundo e de uma Paz que não precisa de muito pra adentrar.. nada além de uma porta aberta.

(...)

Compartilhando

Baseado na indicação de Lu, do blog Meu UniVersos, fui escutar o Lucas Nobuo e uma música me chamou atenção hoje por me lembrar algumas conversas com minha amiga seminarista querida. E uma outra longa conversa que tive ontem com minha irmã.. e resolvi compartilhar..

Preciso Parar De Querer






















Acho que a letra já fala por si e acrescentar algo provavelmente não fará jus a ela. Além do mais, cada qual com seu cada qual. Outra coisa: essa é SÓ uma que me chamou atenção hoje. Mas as letras do cara são todas assim: simples, mas profundas. (e porque não dizer desafiadoras?).



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quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Faz tão bem!

Faz tão bem cobrir de carinhos alguém
Repartir com outro o que você tem
Faz tão bem não deixar que fique só
Quem precisa estar mais perto

O amor que recebi me abre os olhos
Me ensina a ser assim

Ouvir quem deseja falar
Dizer a verdade sem magoar
Cantar o que possa inspirar
Um novo canto um novo caminha
r

(Crombie - Faz tão bem)

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

O mistério do livro.

Achei um livro recentemente. provavelmente um presente do Autor. Tenho alguns dele, todos recebidos do próprio e sei que é de praxe ser livros em constante reformulação, Ele fica acrescentando novos trechos, fazendo o leitor viver uma aventura completamente diferente da outra e aprender sempre algo novo, mesmo lendo uma parte pequena.
Desde a capa o livro me chamou atenção. Mas demorei pra abri-lo.
A sinopse me dizia algumas coisas, mas não muito (ou quase nada, na verdade). Esse Autor não gosta de descrever muito nas sinopses. Pra ele, suas criações devem ser contempladas em essência e não de modo breve e sintético. E se alguma das suas inúmeras obras encantasse alguém, deveria esse tal debruçar-se sobre o livro e dedicar-se à leitura da melhor maneira possível. 
Não criei coragem para abri-lo de cara. Não tinha tempo pra novos livros no momento. Preferi não me envolver com novas histórias. Mas a verdade é que quis lê-lo desde a primeira vez que me deparei com ele, quando fomos apresentados. Tinha ouvido da existência desse livro, mas não muito e minha curiosidade não foi despertada. Contudo, desde o primeiro dia que o vi a beleza de sua capa, seu tamanho e principalmente sua leveza me chamaram atenção de modo inigualável.
Certo dia, ainda receosa, respirei fundo, tomei coragem e abri o livro.
Suas primeiras páginas não diziam muita coisa, mas me prendiam de um modo absurdo e inexplicável. Talvez pela minha imensa curiosidade. Ou porque ele realmente era altamente misterioso em cada palavra. Parecia sempre ter mais a ser dito, e dizia nas entrelinhas, porém eu não conseguia entendê-las por completo. Sinto que precisa de um contexto maior, precisava conhecer mais todas as palavras ali contidas. Às vezes até tinha a impressão de que o Autor havia sido prolixo demais e acabava me confundindo, fazendo-me desentender o que pensava já ter entendido há dois minutos.. e isso era tão estranho. Mas sabia que era assim no começo.
Eu sabia que aprenderia muito com aquele livro, e talvez por isso eu queira descobrir tudo dele assim: de uma vez só, e ao mesmo tempo tinha receio, pois ele seria um confronto profundo de ensinamentos. E confesso que às vezes o fato dele dizer pouco me desestimula. Mas eu tinha minha parcela de culpa, parcela bem grande, por sinal, pois não era assídua na leitura, talvez pouco interessada, mas com certeza bem medrosa. A Graça encontrada em cada parte daquele livro era, paradoxalmente, assustadora e acalentadora. Costumava folheá-lo sem ler.. queria, às vezes, por osmose, desvendar de seus mistérios, entender o que se esconde em suas inúmeras palavras e até silêncios nas páginas em branco e/ou grandes espaços entre os parágrafos. Mas eu não o lia. Aquele livro era diferente. Intrigante, absolutamente intrigante.
Um dia encontrei com o Autor do livro e perguntei se aquele em especial era realmente um presente pra mim. Pois livros eram meus presentes preferidos e ele, que me conhece e já havia me dado tantos, sabia disso. Entretanto aquele tinha surgido "do nada". E acrescentei que não precisava de mais um. Tinha mais tantos outros que costumava ler com assiduidade que aquele acréscimo era desnecessário. Ele olhou pra mim e sorriu, e disse apenas que eu não precisava ter pressa. As melhores partes dele se revelariam na hora certa, e Ele estava certo de que seria muito emocionante pra mim, leitora.
As palavras do Autor me convenceram. E comecei, quase que sem querer, sem saber o porquê, a ler de verdade e mais, passei a carregá-lo pra onde eu vou. Seja com a lembrança da maravilhosa sensação ao ler, ou apenas por esperar um novo ato de coragem pra continuar a lê-lo. E como ele é leve, absolutamente leve, não incomoda carregá-lo, pelo contrário. Outro dia, inclusive, me peguei a sorrir alegremente por saber que ele simplesmente existia.
E, na verdade, hoje acho que mesmo que um dia eu conheça todos os mistérios dele, que eu o leia inteiro, sempre haverá algo que me prende a esse livro, sempre vai haver um mistério a mais pra desvendar, principalmente quando o Autor acrescentar novos trechos.. assim, sempre terá algo misterioso pra me intrigar.
E pra descobrir os mistérios do livro só lendo!

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Em gotas.

choveu..
as lentes ficaram embaçadas
tudo por dentro se mexeu
no dia em que a terra ficou nublada.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Promessa.

Parte do texto original do estudo do PG - 10.08.10


Mateus inicia seu livro com uma genealogia.
"(...) Frequentemente me pareceu estranho que Mateus iniciasse seu livro com uma genealogia. Sem dúvida não é bom jornalismo. Uma lista de quem gerou quem não conseguiria passar por muitos editores. Mas por outro lado, Mateus não era jornalista e o Espírito Santo não tentava captar nossa atenção. Estava destacando um ponto. Deus tinha prometido que proveria um Messias por meio da descendência de Abraão (Gênesis 12:3), e assim o fez. "Você tem dúvidas sobre o futuro?", pergunta Mateus. "Dê simplesmente uma olhada no passado". E com isso abre o cofre da linhagem de Jesus e começa a tirar os panos ao sol. Acredite, você e eu teríamos guardado algumas dessas histórias no guarda-roupa. A linhagem de Jesus não parece em nada com a lista do Instituto para aureolas e harpas. Parece mais com a lista dominical de ocupantes do cárcere do condado.
Inicia-se com Abraão, o pai da nação, que mais de uma vez mentiu como Pinóquio com a única finalidade de salvar seu pescoço (Gênesis 12:10-20).
Jacó, o neto de Abraão, era mais trapaceiro que um expert em baralhos de Las Vegas. Enganou seu irmão, mentiu para seu pai, foi logrado e depois trapaceou a seu tio (Gênesis 27:29).
Judá, o filho de Jacó, estava tão cegado pela testosterona que alugou os serviços de uma prostituta, sem saber que era sua nora! Quando soube de sua identidade, ameaçou queimá-la por prostituição (Gênesis 38).
Faz-se uma menção especial à mãe de Salomão, Bate-Seba (que tomava banho em lugares duvidosos) e do pai de Salomão, Davi, o qual observou o banho de Bate-Seba (2 Samuel 11:2-3).
Raabe era uma prostituta (Josué 2:1).
Rute, uma estrangeira (Rute 1:4).
Manassés forma parte da lista, e obrigou seus filhos a passar pelo fogo (2 Reis 21:6).
Seu filho Amom está na lista, ainda que tenha rejeitado a Deus (2 Reis 21:22).
Parece que quase a metade dos reis eram trapaceiros, outro tanto embusteiros e todos, exceto um punhado deles, adoravam um ídolo ou, como se isso fosse pouco, dois ídolos. E assim se compõe a lista dos não tão maravilhosos bisavôs de Jesus. Aparentemente o único laço comum entre este grupo era uma promessa. Uma promessa do céu de que Deus os usaria para enviar seu Filho. Por que Deus usou estas pessoas? Não era necessário que o fizesse. Poderia ter colocado simplesmente o Salvador diante de alguma porta. Teria sido mais simples dessa forma. E por que Deus nos relata suas histórias? Por que Deus nos dá um testamento completo de faltas e tropeços de seu povo? Simples. Sabia que você e eu vimos as notícias ontem à noite. Sabia que ficaríamos agitados. Sabia que nos preocuparíamos. E quer que saibamos que quando o mundo enlouquece, Ele permanece em calma. Você quer provas? Leia o último nome da lista. Apesar de todas as auréolas tortas e as cambalhotas de mau gosto de seu povo, o último nome da lista é o primeiro que foi prometido: Jesus.
Ponto. Não se enumeram mais nomes. Não são mais precisos. Como se Deus anunciasse a um mundo hesitante: "Vejam, eu o fiz. Assim como prometi que o faria. O plano teve êxito". A fome não pôde matá-lo de fome. Quatrocentos anos de escravidão egípcia não puderam oprimi-lo. As peregrinações pelo deserto não puderam perdê-lo. O cativeiro babilônico não pôde detê-lo. Os peregrinos com pés enlameados não puderam arruiná-lo. A promessa do Messias vai enfiando quarenta e duas gerações de pedras em bruto, até formar um colar digno do Rei que veio.Assim como prometeu. E a promessa continua de pé.

"Mas aquele que perseverar até ao fim será salvo" (Mateus 24:13, ACF).
"No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo" (João 16:33, ACF).
(...)
Deus cumpre sua promessa.
Observe você mesmo. No presépio. Ali está Ele.
Observe você mesmo. No túmulo. Ele não está lá."

(Max Lucado - Quando Deus Sussurra o Seu Nome)

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Coloração.

pinta
tinta
limpa
mistura
com o pincel
a aquarela
que tinge a tela
de cor amarela
cheia de luz
como sorriso que traduz
o colorido do dia
trazendo alegria
em momento que inebria.

era reação
traduzida pela Mão
Cor e ação..


*não tente entender, só vivendo pra saber.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Ao estranho conhecido.

ei, você!
que nas minhas ações resolveu se meter.
sou eu quem escolho o que fazer!

(...)

Ousado,
ficaste em pensamentos diários
se metendo em cada ato

tomaste o coração em pedaços
e corpo aos cacos.

encheste de sentimento profundo
aquele lugar vazio e imundo

cobriste de luz
os dias partidos
mas era luz demais para olhos inibidos..

cegueira!
cegueira!

escuro!

mundo:
mudo.

mas

paz

traz

refaz..

enquanto o coração se distrai,
o vazio se esvai..

pra que possa levantar a cabeça..
e constatar a asneira
de pensar que era cegueira

era o medo de arriscar
ter Tua luz por todo lugar
não mais nas próprias forças confiar
e tudo, verdadeiramente, enxergar

com o costume de não ver,
não sentir, não saber
insistia em não querer
[muito menos] se render,
doce estranho, aos desejos de Você
que, de uma hora pra outra, resolveu refazer
aquele velhos planos de viver

agora tudo que se sabe
é que pede pra que não se afaste
enlace. abrace!
quebre!

enfim
serás, sempre, tudo em mim.

"all I know is I was blind and now I see!"