sábado, 20 de março de 2010

Voltei.

De volta.
Fazia tempo que não escrevia e muito menos publicava. Mas hoje resolvi voltar e esse velho blog que tinha uma reformulação prometida há quase um ano volta a funcionar.
Volto pras palavras. Pra formação de versos que nem sempre vão significar tanto pra você, leitor, quanto significa pra mim.
E antigamente eu não via sentido nisso. Mas talvez eu escreva exatamente por isso. Escrever tem a magia de significar pra mim algo completamente diferente do que significa pra você. Cada palavra ganha novo sentido. SEMPRE.
Voltei. Voltei a expressar por meio de palavras o que nem eu mesma compreendo, mas que quando está materializado se torna externo e, portanto, mais fácil de compreender.
Voltei sem grandes pretenções. Voltei porque sem as palavras falta um pedaço de mim. E eu não quero mais que falte pedaço nenhum. Não agora. Não mais.

E como diz Clarice, a Lispector:
"Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..."

E volto com essa disposição: desabrochar!
Me sentir novamente daquele modo que só as palavras me fazer sentir: "um coração batendo no mundo" (Lispector, Clarice) e assim: inteira!

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