sábado, 28 de agosto de 2010

Diário de pequenas coisas.

Aquele olho me sorriu bonito. Tinha vida, tinha brilho. Era menino. O menor da turma. Ele sorria de um jeito poucas vezes visto. Sorria com a alma. Simples como qualquer infanto, e profundo. Absurdamente profundo.
Ao olhá-lo senti aqueles segundos passando em câmera lenta, como num filme. Eu o observava gargalhar satisfeito ao contar sobre suas peripécias. Ele falava rápido pois sabia que seu tempo comigo era curto e ele que queria me contar tudo que pudesse. "Você tem que saber", dizia ele. Mas apesar da velocidade de suas palavras o slow motion permanecia. Meus coração e mente desejavam aproveitar aquele momento único, então, automaticamente me mantinham conectada, sorrindo.. e olhando para ele atenciosamente.

Aquele pequeno me lembrou da simplicidade das coisas, das complexas facilidades do mundo e de uma Paz que não precisa de muito pra adentrar.. nada além de uma porta aberta.

(...)

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